sábado, 22 de fevereiro de 2014

Cuidas, ínvio, que cumpres

Cuidas, ínvio, que cumpres, iterando
Teus desinspirados, molestosos gestos
Em cargas de hirta piça,
Com distinção a foda.
A tua piça é só peso que levas,
Pois daí não vem fogo que me aqueça:
Bem sofre, gélida, sedenta,
A cona que defraudas.
Com tal inópia não folgo; mas, se aprendes,
Antes aprende a lição, qual certeza,
De como a foda basta
Curta, mas suma, sublimada.

Só para lembrar...

... que Méssaline está no Facebook!

Amiguem-se-me!*


* (Termo em tempos deliciosamente prevaricador. Ainda é usado?)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Serviço Educativo (2c):
Workshop «O pipi aspirador» — desempenho sexual

Uma vez dominadas as técnicas pipistas, pode fazer uma das seguintes habilidades, ou combiná-las a seu gosto (e do seu companheiro), com largos benefícios em termos de desempenho e prazer sexuais:

  1. Quando a piça começar a entrar, contraia a cona, vai ver a surpresa! Depois, vá-se abrindo, peça uma penetração lenta e vá mimando o membro viril com apertos sugatórios. Atente no que dá mais prazer ao companheiro, se na glande, se no corpo piçal, se na raiz, e ofereça-lhe esse prazer. Pode ser de surpresa ou com aviso.

  2. Por cima dele, interrompa o sobe-e-desce com uma(s) boa(s) apertadela(s).

  3. Com ele deitado, sente-se sobre o membro teso e “beije-o” com os lábios conais, abrindo-os e fechando-os, abrindo-os, fechando-os...

  4. Na posição “à canzana”, sugue-o para dentro de si.

  5. Peça-lhe que meta dois dedos dentro de si, à entrada, e depois aspire-os para entro de si. Como estes exercícios aumentam a lubrificação, ele ficará com os dedos escorrentes — e sabe bem o elixir miraculoso que é o molho de cona para os bons amantes.

  6. Se ao acordar ele ainda estiver a dormir, entretenha-se com a sua própria mão no exercício anterior, que a vai deixar molhadíssima. Acorde-o e conduza-lhe a mão para a gruta húmida. Vai ver como ele se entusiasma depressa.
    Se estiver sozinha, faça o mesmo até não aguentar mais: pense em quem quiser, na foda que quiser, diga o que a excita e masturbe-se.

  7. Como estes exercícios também estimulam os músculos anais, melhore a enrabadela com umas aspirações e contracções. Às vezes são tão inspiradoras, que se tornam imediatamente esporradoras.


Méssaline descobriu tão cedo os prazeres do treino aspirador, que seria indecente revelar a idade em que isso aconteceu. Durante anos, pensou que aquilo acontecia a todas as mulheres. Ficou a saber que não, quando iniciou a actividade sexual, pela surpresa que a sua habilidade conal causava nos seus parceiros.

Pesquisou e descobriu as vantagens medicinais. Mais surpreendida ficou que não se falasse, ensinasse as jovens a treinar o seu pipi na aspiração. Mais a surpreende que nem as ginecologistas falem disso. Porém, suspeita que é capaz de ser uma das abas do chapéu da mentalidade judaico-cristã-islâmica, que sempre se preocupou em encobrir o corpo da mulher, no sentido de evitar que ela descobrisse as potencialidades de ter prazer: o velho — e ainda vigente em muita cabecinha aparentemente arejada — medo da liberdade do corpo feminino, da desordem que ela pode acarretar.


Agora, toca a contrair, a apertar o pipi, respeitáveis e fornicadoras meninas e senhoras!
Tornai o vosso pipi aspirador, sugador, chupador. Vereis como Méssaline tem a razão que a razão europeia (parece que) desconhece.

Méssaline gostaria e receber opiniões de mulheres (com ou sem pipis aspiradores) e de homens que já os experimentaram.

A seu tempo, gostaria também de ter feedback das “formandas” que venham a treinar as técnicas aqui ensinadas: quão fácil ou difícil foi executá-las, quais os resultados sentidos... Os seus (felizardos, esperemos) companheiros podem e devem também dizer de sua justiça.

Podem manifestar-se aqui na caixa de comentários, através de e-mail, ou por mensagem privada no Facebook. É conforme prefiram.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Serviço Educativo (2b):
Workshop «O pipi aspirador» — técnicas

A parte (a) deste workshop serviu para entrarmos devagar na coisa. Está na hora de entrarmos de chofre e a fundo.


O que se faz?

Contraia os músculos vaginais e do períneo (como quando se está aflita para urinar).


Como se faz?

Existem muitas possibilidades:

  1. Talvez a mais eficaz — Deite-se de costas no chão, perto de um sofá, de uma cama, de um espaldar, um “móvel” que sirva de apoio fixo, que não arraste. Coloque os pés no bordo do apoio, flicta um pouco os joelhos e levante bastante a anca, desça um pouco (ou quase até ao chão, se conseguir, mas sem o tocar), sempre a contrair os músculos vaginais e perineais. A contrair com bastante força. Repita quantas vezes puder. Descanse um pouco e volte a repetir. São recomendáveis séries de vinte levantes, mas pode começar por menos.

  2. De pé, abra um pouco as pernas, ponha as mãos na anca para ter mais equilíbrio, balance a anca para a frente e para trás, como se estivesse a foder. Enquanto faz esse movimento, concentre-se na zona pélvica e contraia os músculos em questão. Repita várias vezes.

  3. De manhã, ao acordar, ainda deitada, abra um pouco as pernas e contraia, contraia com toda a força que puder e durante o tempo que for capaz. Repita quanto puder.

  4. Torne útil o seu tempo ao volante, nas salas de espera, nas reuniões improfícuas e longas. Sentada, contraia os tais músculos. Não precisa de se preocupar com a contagem, vá fazendo.

  5. Se lhe for difícil individualizar mentalmente estes músculos, introduza, nua, um objecto na vagina e aperte-o. Pode ser um vibrador, um simples lápis, um tampão, ou umas bolas que há nos sexshops. O importante é apertar o objecto o máximo que puder até, de pé, o conseguir segurar só com esses músculos.


Vantagens:

  1. Saúde do aparelho urinário — Previne a incontinência, situação que aflige muitas mulheres relativamente cedo. [Conforme já disse na parte (a), Méssaline conhece casos de cinquentonas incontinentes que muito beneficiaram com a aprendizagem destas técnicas.]

  2. Saúde do aparelho reprodutor — Previne o prolapso uterino, descida do útero para o exterior. Acontece, sobretudo a mulheres que tiveram partos não assistidos. É um problema sério.

  3. Desempenho sexual — Estes músculos bem tonificados são mais irrigados, mais sensíveis e mais controláveis.

 

Estes exercícios são medicamente conhecidos por exercícios Kegel, em homenagem a quem os estudou. (Sigam o link — texto em inglês — e leiam com atenção. Verifiquem os benefícios femininos e também os masculinos.)


Adenda (20/02): Por indicação de um estimado leitor da Boîte, aqui fica o link para um artigo na Wikipédia lusófona sobre o «pompoarismo» (termo que Méssaline desconhecia), conjunto de técnicas sexuais orientais que tiram partido dos exercícios Kegel.

[Na parte (c) deste workshop veremos, precisamente, como utilizar as técnicas antes vistas para melhorar o desempenho (logo, o prazer) sexual.]

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Serviço Educativo (2a):
Workshop «O pipi aspirador» — introdução

Asterix, no blog Arte Fodenga, introduziu o pipi aspirador, precioso contributo para o seu singular Livro negro dos pipis. Disse Asterix:

«O pipi aspirador é dos pipis de que eu mais gosto, é um género de limpa fundos nos aquários, onde há um pipi destes não há pilas sozinhas, este tipo de pipi, tem a vantagem de trazer acoplado uma ventosa que através de um método avançado de sucção não permite que uma pila se afaste.
Em termos de minete há que ter os cuidados básicos, nunca lamber com o pipi em alerta máximo, pois podemos perder as papilas gustativas. De resto é um pipi pouco vulgar na Europa, sendo mais fácil de encontrar na América Latina e em África.
O pipi aspirador, tal como o nome indica cola se em todo o lado, por isso há que ter cuidados simples, por exemplo, não deixar a amada com um pipi destes numa sala com um amigo por mais de 5 minutos. Se bem treinado, vem comer à mão e não representa nenhum perigo.
Este tipo de pipis é muito apreciado pelas pessoas que não querem perder muito tempo nos preliminares.
Para mim é o melhor pipi para o flirt, um gajo sai sempre com a cabeça erguida.»

Méssaline comentou assim:

«Conheço um pipi aspirador europeu. Os pipis treinam-se — cedo — para se tornarem aspiradores. Infelizmente, na Europa não há quem ensine como nem fale das vantagens, que não entram apenas na ordem copulátoria, mas também na da saúde genital e urinária. São raros porque, não havendo quem ensine, ficam só os autodidactas.
Méssaline propõe workshops para treinar a aspiração pipista. Que se apresentem os pipis candidatos.»

 

Asterix aceitou a proposta de workshop e sugeriu inscrições. Méssaline pensou na oportunidade de mais um serviço educativo/serviço público, por duas razões maiores:

  1. Por ter conhecimento de causa;
  2. Por considerar que todo o pipi deve aspirar a ser melhor pipi, em seu proveito sanitário (de saúde, não de WC) e em proveito sexual próprio e alheio.

Sem dados estatísticos, Méssaline segue o que ouve e o que não ouve (ah, como são eloquentes as omissões em matéria de sexualidade, sobretudo feminina!) sobre este assunto e inclina-se há bastante tempo para a raridade do pipi aspirador no contexto europeu, quando a verdade é que desenvolver tal tipo de pipi está nas mãos (metafórica e literalmente, como se verá) de qualquer mulher que preze o seu pipi e o dos companheiros de aventura pipista.


Mas entremos devagar:

«Os pipis aspiradores treinam-se cedo»

Efectivamente, quanto mais cedo, melhor, porque pipi de aspiração precoce é pipi que depressa integra o treino no seu dia-dia, na sua hora-a-hora — de tal modo, que passa a exercício espontâneo, quase involuntário. Mas se não foi esse o caso do seu pipi, não se preocupe, que nunca é tarde para começar:

Uma senhora com mais de cinquenta anos confidenciou a Méssaline estar muito preocupada com os crescentes sintomas de incontinência urinária. Méssaline convenceu-a a fazer estes exercícios, “alertando-a” para o “efeito secundário” do aumento da tusa, aviso que ela no início não levou a sério. Pois a dita senhora não só contornou o problema médico, como um dia, verdadeiramente emocionada, telefonou a Méssaline, confessando-lhe que só então descobrira o prazer sexual. Como boa convertida, nunca mais deixou de fazer os exercícios.

[Na parte (b) deste workshop entraremos fundo no âmago da questão: abordaremos as técnicas pipistas propriamente ditas.]

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Começa esta sexta-feira: Workshop «O pipi aspirador»

Após uma breve troca de ideias com o Asterix da Arte Fodenga, Méssaline decidiu realizar um workshop com o fim de multiplicar os «pipis aspiradores» por esse nosso Portugal.

O workshop (online) começará esta sexta-feira, dia 14 de Fevereiro.

Como passar da teoria à prática leva o seu tempo (e o workshop será dividido em três partes), ainda não será este Dia dos Namorados que as leitoras/formandas poderão presentear os seus parceiros com as novas habilidades conais, mas as mais empenhadas e/ou com o pipi menos perro talvez já possam surpreendê-los a 14 de Março... As de pipis mais mortiços terão de ter paciência, persistência, querer: apliquem-se, não sejam calaceiras, e poderão festejar o 14 juillet com uma revolução na cama e uma foda de arromba: uma tomada da Bastilha como deve ser!

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Galdéria na galeria
[parte 2]

Entrámos, vimos o primeiro piso, onde se encontrava a vendedora que cumprimentámos contendo as nossas vozes para que não deixassem extravasar qualquer sinal do alvoroço íntimo.

Passámos o primeiro e o segundo pisos num passo acelerado, num roço constante. Num nu, disse-te:

— Que bem pintaste aqui as minhas nádegas, sinto o teu pincel túmido e húmido a afagar-me o rego.

Noutro:

— Olha aqui os pingos da tua esporra a escorrerem-me pelas mamas.

Deslizando a minha mão por uma coluna baixa:

— Como o teu fuste está duro... Imagina-me sentada no capitel...

— Ah, puta, deixas-me louco.

No terceiro piso — ó presente dos deuses da foda urgente! — não havia ninguém!

Vimos uma porta entreaberta. Entrámos nesta galeria dentro da galeria, fechámo-la com rapidez de náufragos perante uma jangada e revolvemo-nos num tango de passos apertados e tenazes: bocas esmagadas uma contra a outra, abraços estranguladores das cinturas, dos dorsos. Baixaste repentinamente a cabeça para enfiares a tua língua na minha cave alagada. Desceste um pouco as calças, encostaste-me contra a parede, de frente, e empurraste o teu picasso até ao fundo. Mil gritos subiam-nos dos sexos às bocas que tapávamos mordendo as mãos um do outro. Parecia que sufocávamos e avisei-te que me ia vir. Paraste, porque gostavas de ver os meus olhos subitamente parados, vidrados, as faces em fogo, o coração a sair pela boca aberta. Nesse meio minuto, a minha mente foi tela de botões de rosa e eu queria que a minha boca se abrisse mais para os poder felar até desabrocharem, foi tela atravessada por uma haste só, caule suculento para sorver ou torre de De Chirico para trepar. Ainda nesse meio minuto, eu fui uma flor de Georgia O’Keeffe e tu o espe(c)tador que penetra o abismo da orquídea gigante até ser engolido, devorado, regurgitado para se relançar de novo no vórtice carnal.

Disseste-me:

— Vou-me vir. Como queres?

— Nas costas.

De um gesto só arrancaste-me a blusa e eu senti-me tela de um Pollock de tinta branca e quente.

Descemos os três pisos devagar para amansarmos a respiração. Precisámos de nos sentar um pouco num degrau para acalmar as pernas trementes.

Adiámos o motel para uma emergência sem outro recurso.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Galdéria na galeria
[parte 1]

Era um sábado de chuva e propus que passássemos a tarde na rua das galerias.

Já durante o almoço à beira-mar, o vinho nos tinha soltado a língua e a libido. No percurso entre o restaurante e a dita rua, pediste-me para pôr as pernas sobre o tablier para as poderes percorrer com os olhos e com as mãos, sempre que parávamos num semáforo vermelho. A piça inchava-te e eu aproveitava para a sentir dura entre as minhas mãos. Ficámos tão excitados, que chegámos a falar num motel. Eu disse-te que iríamos depois das galerias.

Entrámos em todas e demorávamo-nos frente às telas que nos chamavam a atenção, tu por detrás de mim. Sentia-te o corpo quente, a respiração funda e a piça pronta. Esfregava-me no teu corpo e tu já nem vias as pinturas. Dizias-me que já não aguentavas mais e devíamos seguir para o motel.

Mas eu tinha um plano e estava disposta a cumpri-lo. Numa transversal a essa famosa rua, havia uma galeria que ocupava um prédio da primeira metade do século XX e conduzi-te para lá, apesar de me teres dito:

— Mais uma? Nem na rua principal está... Não deve valer a pena, vamos embora.

Mas em matéria artística o leme pertencia-me, por isso disse-te que tinha a certeza de que valeria a pena. Os poucos metros que andámos foram quase uma tortura, contigo a dizeres-me:

— Morro por entrar nessa cona. Não vejo a hora de me espetar em ti...

[Esta é apenas a primeira parte da história. «Galdéria na galeria» continua amanhã...]