terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Peep-show

Para os meus mais fiéis e expectantes leitores, aqui vai uma antevisão do que pode vir ser a capa e a contracapa do livro que estou a escrever.

Capa

(O próprio título está longe de ser definitivo, por isso não se admirem se o produto final for significativamente diferente.)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Girl, interrupted

Os leitores mais atentos da Boîte terão reparado que algo se passa com o blog. O último texto foi publicado há mais de dois meses; daí para cá, uma dezena de posts apareceu sem nenhuma periodicidade discernível e, pior, são suspeitosamente repetitivos: com duas únicas excepções, resumem-se a “Sentenças de Méssaline”. É como se a Boîte à cochonneries estivesse a largar lastro.

A verdade é que, após ano e meio, a tusa que Méssaline sentia em escrever as cochonneries definhou; desagradava-lhe, em particular, uma espécie de obrigação de o fazer. Mas, especialmente, enfadava-a uma certa repetição.

Foder é um pouco como escrever e tocar uma peça musical (arrisca Méssaline, cujos talentos musicais são nulos...).
O compositor tem à sua disposição um conjunto vasto, mas não ilimitado, de acordes e joga com eles, compondo melodias sempre diferentes, a que correspondem sensações também diferentes. O músico (o executante) está ainda mais limitado, pois segue a pauta que lhe deram, podendo incutir alguma personalidade na performance, mas sem se afastar muito do que está definido. Apesar disso, compositor e músico — e o próprio público — podem revisitar uma e outra vez a mesma música (mas não sempre a mesma, excepto em casos patológicos...) e desfrutar dela com prazer sempre renovado: “Os Verdes Anos” ou “Symphony of Sorrowful Songs” são sempre arrepiantes, por mais que as ouçamos (e, imagino, também por mais que as toquemos).
De igual forma, se um par de amantes dispuser de um repertório fodístico diversificado (os acordes), se forem imaginativos, as melodias orgásmicas que produzem serão quase sempre emocionantes. Algumas repetições ocorrerão, claro, mas, dentro de certos limites, a repetição tem o poder de sedução dos clássicos ou contribui para a sensação de sintonia, como uma private joke partilhada entre amantes. Um judicioso equilíbrio entre novidade e conhecimento mútuo, previsibilidade, mantém os corpos afinados e as emoções no ponto.

(Um paralelismo alternativo seria o de um par de danças de salão a executar um género musical conhecido.)

O problema é que escrever sobre fodas (descrever fodas) não é o mesmo que foder. Assim, a analogia apropriada não é com um compositor ou sequer com um músico que executa uma partitura ou embarca numa jam session. A foda está para a música como o (d)escritor de fodas está para o crítico musical. E Rui Vieira Nery e Les Inrockuptibles que me perdoem, mas, por muito bons que sejam, a enésima recensão de uma série de concertos distintos é mais repetitiva e menos entusiasmante do que a ene-enésima audição do mesmo concerto em digressão mundial.

Para atalhar no que já vai longo: a Boîte não acabará, mas está, na prática, suspensa sine die.

Para reconfortar os mais desamparados pelo anúncio, uma novidade adicional: o interesse pela escrita de novos textos murchou bastante em mim, mas não o prazer do texto como complemento à foda elle même. E, chamem-lhe falta de modéstia, reconheço alguma qualidade e potencial em muito do material produzido, pelo que seria com pena que o veria votado ao cinzeiro digital. Assim, uma ideia que me tem entusiasmado desde o início do ano é a de adaptar (com muita reescrita) o conjunto dos meus textos a uma narrativa única. Ou, traduzindo para os leigos: escrever um livro. É no que tenho trabalhado ultimamente.

Mais informação em breve. :)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Lugares conocidos e seus profundos sentidos conotativos (5)
— Contributos semênticos para um dickcionário messalínico —

Após meses de ausência, Méssaline volta ao seu Dickcionário.

Água de colhónia
Méssaline considera sacramental o remate com tal unção. Escolhei a parte do sudário que vos apraz honrar com a essência do vosso orqui, digo, arquidivino eflúvio e vinde a (em) mim, ó filhos d’Af(r)odite, vossa bolsa plena de oferendas disposta.

Trufa-trufa
Não sei se foi o famosos truca-truca de Natália Correia que derivou para esta palavra, ou se já lhe era prévia. Deixo o esclarecimento aos filólogos cuja curiosidade neste ocioso momento não me apetece seguir.
O trufa-trufa de Méssaline é nada mais, nada menos do que foda com trufas... bombons ou outros trunfos da chocolândia, passados entre bocas, com uso de lábios, língua e pontas dos dedos, como amuse-gueule ou prato único, sempre cumprindo imperativos da Dona Delicadeza, aqui chamada e achada para que a coisa não derive num espalhafato de pinceladas de cacau pelo rosto, colo e demais partes. Delicadeza para lamber aqui, ali e acolá, onde ficou traço de passagem do celestial alimento, e também para jogar, em lances entre o leve pousar e o brando meter, o suave chupar e o vero lamber.
Com sex toys destes, sim, Méssaline brinca!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O tabu do número

PUTA (s. f.) uma mulher com a moral sexual de um homem.

Há tempos, a Marie Claire francesa abordou este tabu remanescente: o número de parceiros sexuais das mulheres. Houve quem respondesse ter tido um único e quem admitisse ter tido mais de cinquenta. E parava aqui. Não houve quem dissesse ter tido cem, quinhentos, mille e tre, como Don Juan.

Deixando de parte esta questão de uma piça passar por um número elevado de mulheres ser um feito e uma cona passar pelo mesmo número de homens permanecer um defeito, concentro-me no constrangimento que o tópico causa numa conversa.

Não surge espontaneamente, mas forçado e paralelo. E refiro-me a conversas entre mulheres que se consideram desempoeiradas, de experiência sexual assumidamente não monogâmica, supostamente libertas de estereótipos, com estudos superiores. Acontece mais ou menos assim: uma das participantes reprova o comportamento “libertino” de uma ausente, dizendo «Ela, desde que se divorciou, anda com todos», «perdeu a dignidade», «sai com um diferente todos os fins-de-semana». Deixo que a falante prossiga, que outras reiterem, até que o assunto se esgota. Então, ataco:

— Com todos? Com quantos? Os homens tiraram-lhe a dignidade de cada vez que ela fodeu? Onde é que ela a tinha? Falta-lhe algum pedaço? Se ela vai com quem lhe apetece, qual é o teu problema?

O embaraço instala-se, corre em relativizações («Não era bem isso que eu queria dizer»), assoma aos olhares. Eu continuo:

— Então, para permanecer digna, com quantos pode foder? Quantos? Digam-me o número a partir do qual a dignidade fica feita em frangalhos.

Alguma mais corajosa adianta: «Acho que não é a mesma coisa ir para a cama com um (vá lá, dois ou três) ou com vinte...»

— Repito: digam-me qual é o número a partir do qual é puta. Sim, porque é essa a palavra que todas vocês têm na cabeça. Mas lembrem-se que quase todas as putas fodem sem prazer e sem poder de escolha; já ela, não só escolhe e troca de parceiros porque isso lhe dá prazer, como eles não lhe pagam. É um comportamento de risco? Até concedo — mas esse não foi um argumento vosso.

Instala-se o silêncio, a mais cordata muda o rumo da conversa já meio azeda e, muito raramente, alguém diz que tenho razão, que é um preconceito, que as coisas vistas assim mudam de figura, que devemos pensar antes de reprovar a vida sexual de uma mulher, que ninguém diz estas coisas de um gajo que ande a saltar de cama em cama.

Pois é, apanha-se mais depressa um preconceituoso do que um coxo, sobretudo quando a questão é o que as mulheres fazem com o seu corpo, com o SEU sexo. Atavismos forjados durante séculos de repressão sexual, de hipervalorização da castidade.

Se tiverem coragem de testar a reacção a este tema, experimentem. E já agora, puras donzelas, mais tento na língua, que precisais dela para funções mais nobres. E vós, homens de juízo fácil, mais trabalho na cabecinha, que precisa de estar em forma para quando vos aparecer uma Maria-vai-com-quem-QUER.

Ah, e antes de atirarem a primeira pedra, pensem nos telhados de vidro. Ou então assumam-se: admitam que o que queriam era vestir burqas às messalinas.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

And the Oscaralho goes to... Sergi López

Um pouco de timidez, uma entrega honesta e generosa fazem deste actor de rosto camponês aquele homme d’à côté que apetece enfiar na cama muitas vezes para viver um segredo picante e doce. Mas o que o faz merecer o Oscaralho desta edição é o desempenho perfeito no filme Une liaison pornographique. Não é para todos, nem esse tipo de relação, nem esse modo raro de foder falando e ouvindo falar.

Com um parceiro destes, eu seria Natalie Baye.

Reparando melhor, entre os minutos 29 e 33, Natalie, c’est moi!


(Não encontro na Net o filme em francês, o que é uma pena, porque foder na belle langue é outra coisa, n’est-ce pas?)

sábado, 22 de novembro de 2014

Rio abaixo, rio acima (3):
Apeadeiro

(parte 2)

Fomos os únicos a sair daquele comboio quase fantasma, naquele apeadeiro perdido, deserto. Más coordenadas para o crescimento local, excelentes para o desenvolvimento fodal.

Por um instinto que me vem do fundo da cona, conduzo-te por uma vereda sinuosa. Vamos dar a um trio de árvores frondosas. Sem demoras nem rodeios, encosto-me ao tronco do castanheiro, abro os braços para acolher o teu corpo nitidamente excitado. Abro-te a braguilha, donde retiro o teu caralho à foda afeito. Não lhe resisto e rodeio-o com ambas as mãos. Quente, quente e duro, duro como é seu dever em hora tão propícia. Fricciono-o com uma lentidão dolorosa, já que mil línguas de fogo me lambem as entranhas. Ah, mas antes quero ter-te na boca. Devias ter outra piça e talvez outra ainda para me foderes toda. Digo-to e tu sorris:

— És louca!

Louca por foder, foder como uma per-di-da — seja lá isso o que for —, foder com a tua alma, o teu coração, ainda que a tenhas vazia e o tenhas vadio. Aqui e agora, nestes alegres campos, sob estes verdes arvoredos, são meus os teus braços, a tua boca, os teus dedos. Meto-os na minha cona que em agitação húmida me palpita, tocas-lhe com um remeximento sábio e saboroso. Peço-te que ma agarres com a mão toda, com a delicadeza e a determinação úteis a quem apanha um fruto maduro escorregadio ou um simpático bicho esquivo. Dizes-me, baixando-te com uma desenvoltura felina:

— Quero tê-la toda na boca.

Teu dito, teu feito. A tua língua voga dentro dela, procura-lhe os recantos mais recessos com um virtuosismo de primeiro violino, que digo — ai! —, é verdade que é de música que se trata, pelas cordas secretas que sinto tangidas onde nem as imaginava, ó descobridor das ilhas encantadas que me habitam, Gama da minha íntima Índia, Cabral do meu encoberto Brasil!

Preciso que pares para que juntos sintamos o ritmo do minuete que me vibra dentro.

O chão está coberto de verde manto que nós cobrimos da carne febril dos nossos corpos: o meu, primeiro, de bruços, o teu, sobre o meu. Servindo-me do apoio de uma almofoda improvisada com o meu casaco, levanto as nádegas. Abro-as, oferecendo-te a entrada. Tomo a tua haste e roço-a entre as minhas culinas traseiras, dando as boas-vindas a tão sôfrego peregrino que, por sua vez, favorece a hospitalidade com lentescentes e cálidas expressões. Damo-nos ao teasing do vai-e-vem, insuportável, porque não apetece findar nunca, nem prolongar mais. Faço um gesto repentino e tu mergulhas nas minhas profundezas. Da boca um grito me sai, do corpo uma comoção quase violenta, e assim, todo imerso, ficas imóvel, barco fundeado em posição de receber a minha ondulação muscular interna.

Perguntas-me como eu quero que te venhas. Ah, como sabes que gosto de escolher, vá lá, acordar, o modus veniendi, generoso viajante ao centro da terra? Digo-te:

— À entrada do cu.

Não sei se foi por surpresa, se foi por a teres já tão presa, que de imediato cumpriste o meu mui urgente desígnio.

Sei que foi com luxúria pura que recebi o impacto do teu jorramento. A mesma que agora sinto, só de contá-la.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Rio abaixo, rio acima (2):
Rio acima

(parte 1)

O leito do rio ora se espreguiça em vales abertos, ora se estrangula entre os braços apertados de rochas abruptas, numa sucessão imprevisível que não dá descanso aos olhos. Trocamos impressões deslumbradas, recriminamo-nos por não termos feito esta viagem há mais tempo. Lembro-te que acontece conhecermos melhor o Colorado ou os Alpes do que as nossas serras e rios. Corremos mais depressa atrás do distante do que do perto.

O comboio parou num apeadeiro, dizes:

— Nem sempre, agora não correria atrás de nada, a não ser para os teus braços.

Entra um casal de idosos, acabou-se a brincadeira.

Mas começa outra. Acorrentados pelo decoro devido à provecta idade destes passageiros, adaptamo-nos.

Protegemo-nos dentro de longos silêncios, enquanto eu te massajo a majestosa piça com os meus pés pequenos. A sensação dela dura, quente e palpitante como alguma coisa com vida própria lança sucessivas vagas contra o interior da minha gruta, que sobem pelas colinas mamárias, resvalam pela praia da minha pele, escoando-se na boca aberta em grito mudo, nas pálpebras cerradas pelas mãos da Dona Tusa. Com uma mão, apertas-me o pé contra a tua verga granítica, com a outra, acaricias-me a perna alçada. De vez em quando, abro-as para que me entrevejas a boca que de novo te quer comer. Olhas e fechas os olhos, levanto-me e, ao abrigo dos olhares dos vizinhos septuagenários, meto os dedos na tua boca. Olhando para a paisagem, sussurro-te ao ouvido:

— Diz-me o que querias fazer agora!

— Penetrar-te até ao fuuuuundo...

— Vem!

Dou-te a mão e encaminho-te para o hall da carruagem, procurando um ângulo cego para os outros ocupantes. Reparo num varão a que me seguro, dando-te as costas. Tenho uma das melhores sensações, uma daquelas que me faz sentir fêmea faminta, que é a de sentir um grosso e duro pau a aquecer-me o cu. Com discretos movimentos, ajeito-o no meio das minhas nádegas, empinando-as, roçando-me, roçando-me. A custo, abafamos a respiração caótica. Digo-te, já muito quieta:

— Se entrares dentro de mim agora, venho-me.

Levantas-me o vestido, abres as tuas calças, seguro-te no caralho em riste e oriento-o para a minha/sua caverna, para onde deslizas. Como pressentira, o orgasmo acontece imediato, percorre-me o corpo, deixa-me os braços trementes e lassos. Quente e ruborizada até ao sétimo céu do cérebro, aquieto-me para prolongar o gozo, como quem sorve um vinho raro. Apetecia-me ficar assim muito tempo. Não, não! Apetecia-me era foder, continuar fodendo, naquela posição, noutra igualmente boa, ou melhor ainda, ali, no carro, na cama, no sofá, na cadeira, na mesa, no tapete, no chão de erva macia...

Ah, tive uma ideia.

— Descemos na próxima paragem?


(continua)

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Rio abaixo, rio acima (1):
Rio abaixo

Sabendo que gosto muito de comboios, convidaste-me para um passeio numa linha que seguia à beira-rio. Sabendo eu dos teus interesses em relação à minha pessoa, disse-te que sim, que um dia faríamos o passeio juntos. Creio que, no fundo, não esperavas que aceitasse, pelo modo como reagiste:

— Quando, quando?

— Calma! Sabê-lo-ás em seu tempo.

Uns dias depois sonhei contigo, vá-se lá saber por quê. Acordei a sentir o teu pau duríssimo todo dentro de mim. Fiquei quieta, mas em ebulição entre as pernas e a cabeça. «Tens de foder, Méssaline», disse a mim mesma, «foder com urgência, com esse gajo». Liguei-te, disseste-me prontamente:

— Dá-me meia hora!

E cumpriste. Saudaste-me:

— Que bonito vestido, fica-te muito bem. Só tu andas de vestido fora do Verão!

Era outra meia hora até à estação, fomos no teu automóvel. Falavas com nítida satisfação. A mim apetecia-me ter as tuas mãos pelas minhas pernas acima. Estavas mesmo contente e continuavas a falar. E eu a olhar para a tua boca, a tua nuca, as tuas mãos na manete das mudanças, os teus pulsos finos, as tuas pernas, e a lembrar-me de ti todo enfiado na minha cona, no sonho, e a ficar com a cabeça a andar à roda do mesmo pensamento.

Chegámos, tomámos um café, bebida que me dispõe para a acção e me predispõe para o coito.

Trataste dos bilhetes, ajudaste-me a subir com requintes de cavalheiro que aprecio, que me afagam o espírito e a passarinha. Havia poucos passageiros — talvez tenha sido isso que levou depois ao fecho da linha —, escolhi uma carruagem vazia. A viagem começou, comentavas a paisagem, chamavas-me a atenção para as curvas do rio, estreito e muito bonito. Descruzei as pernas e abri-as um pouco para que o espaço entre a bota de cano alto e o vestido ficasse um pouco descoberto. Ficaste calado e com os olhos colados à minha carne exposta, durante uns infinitos segundos. Estiquei uma perna até ao teu assento, em frente do meu, e meti-a no meio das tuas. Perguntei-te:

— De que é que gostas?

E tu, surpreendido:

— Eu?!

— Sim, de que é que gostas da paisagem...

E toquei-te com a ponta da bota na piça. Disse-te:

— Espera!

Tirei a bota e repeti o gesto, agora só com a meia. Imediatamente, agarraste-me no pé e levaste-o à tua boca, olhando-me nos olhos. Desceste as mãos pela perna, acariciando-ma. Tirei a outra bota para sentir com os pés o teu membro, já bem duro. Acariciei-to com esses trejeitos de gueixa que toda a iniciada nas artes amatórias deve dominar.

Abri as duas pernas o suficiente para entreveres que não levava cuecas. Isso deixou-te speachless, querias vir para o meu lado. Empurrei-te com um pé para o teu lugar, tinha a cona escorrente. Meti-lhe dois dedos, ostensiva e profundamente, levantei-me e meti-tos na boca. Sentei-me no teu colo e disse-te com voz de mando e de desespero:

— Quero-te foder!

Antes que pudesses dizer alguma coisa, abri-te o fecho das calças, retirei a tua piça entumecida e sentei-me nela.

— Pode vir alguém!

— Se vier, temos tempo de nos recompor. Por que achas que vim de vestido?

E comecei a foder-te, deliciosamente cavalgando o teu caralho. Não tardei a vir-me, que eu nunca tardo. Fiquei quieta e disse-te:

— Sente-me, sente-me!

E abafava os gritos de prazer que me subiam à garganta.

— Agarra-me as mamas, não, as ancas!

E tu, assoberbado:

— Precisava de ter mais braços, de ser um polvo.

Desabotoaste-me a parte de cima do vestido, que havia escolhido camiseiro para o efeito. Senti as tuas mãos nos meus mamilos e avisei-te que ia ter um novo orgasmo, o que te surpreendeu. Lembrei-te da minha fama: «Méssaline, a mulher que se vinha demais». Disseste:

— Mas não imaginava que pudesse ser assiiiiiiiim.

— Então, habitua-te e faz-me vir mais.

— Sim, mas se não nos acalmamos um pouco, venho-me eu...

— Vem-te quando quiseres, se me prometeres que fodemos outra vez ainda hoje.

— Sim, sim, claro, o dia ainda agora começou.

Ah, temos homem, pensei. Levantei-me e sentei-me de novo no teu colo, desta vez com as costas voltadas para ti, espetando-me toda pelo teu mastro abaixo, até ao fundo, até à raiz. Pedi-te:

— Desce um pouco as calças.

Libertei-te, e enquanto me exercitava em movimentos amazónicos, acariciava-te essas partes anatómicas masculinas que tanto aprecio, pela súbita delicadeza, contrastante com a piça impante. Ora os aninhava na concha da minha mão, ora lhes passava as costas dela. E, como sempre neste suave gesto, apeteceu-me tê-los na boca. Alcei-me, ajoelhei-me à tua frente e lambi-os, abocanhei-os com temperança, subi até à base do teu caralho tensíssimo, rijíssimo e disse-te:

— Dá-me essa esporra toda na boca!

— Então, chupa-me até me vir!

E chupei, e vieste-te tão lindamente, tão gostosamente, dando-me o primeiro jorro dentro da boca e depois fora, na cara, nos lábios, para eu ver, como gosto e exijo, enquanto eu expelia o que me havias dado. Mas não era por recusa que o devolvia, era por pura tusa de senti-lo escorrer por mim, e tu soubeste apreciá-lo assim.

Uns minutos depois, chegava o revisor, estávamos nós ainda tontos e suados da maravilhosa foda. Se fosse religiosa, dir-te-ia: «Deus te abençoe a piça!»


(continua)