Em reacção ao post «No palheiro», Nuno Amado disse:
«Nah... nem no palheiro, nem no areal da praia.
Nesses dois sítios só mesmo na minha cabeça, porque na real não achei nada confortável...
:P»
Méssaline responde:
Mentiria se não admitisse que a cama é o meu lugar de eleição, pelo conforto, pelas possibilidades (espelho estrategicamente colocado, etc.), pelo calor, enfim, porque é na cama que as coisas mais importantes da vida acontecem...
... mas os palheiros têm potencialidades comprovadas, acredite. (A história da Humanidade foi em grande medida feita com fodas em palheiros...)
Repare que o termo português é enganador: neste «palheiro» não havia palha (que é rija e desagradável), mas feno, que é fofo e com um odor muito especial.
As praias, admito-o, têm o contra de serem mais arriscadas, mais expostas. Mas se com o seu comentário se queria referir ao meu «Fim de tarde na praia», faço-lhe notar que no areal não houve foda, apenas uns quase castos preliminares que deram foda na cama do apartamento em frente à praia...
Mas há muitas mais possibilidades — deliciosas possibilidades! — extra-leito.
Na floresta, então, hum!... Num dia quente de verão, com a terra seca a cheirar intensamente, no meio de muito verde e, de preferência, perto de um riacho tranquilo... Divinal!
A floresta, de resto, é um mundo de possibilidades. Na primavera ou no início do verão, os fetos ainda tenros fazem um quase perfeito ninho de amor. Belas fodas tenho dado por essas matas nacionais! E no outono, um tapete de folhas vermelhas e douradas constitui, não só um aceitável substituto do colchão, como cenário para uma belíssima sessão fotográfica pós-coito. (A minha pele fica particularmente bem quando emoldurada por tons outonais.)
E que dizer do entesoante ambiente dos cerejais, das figueiras com seus frutos carnosos e sugestivamente vaginais, das vindimas, debaixo de uma alfarrobeira ou de outra árvore de copa descida a fazer de saia?
(Não sei claramente porquê, mas todo o ritual de colheita é propício à foda. As segadas eram-no certamente, com o calor do estio e todos aqueles traseiros no ar... infelizmente já não se fazem. Uma perda para o Património Fodilhístico da Humanidade!)
E não esquecer as casas arruinadas no meio do nada. (Não me canso de lhes apregoar os méritos; esteja atento ao blog e verá — ou, por outras palavras, cuming soon...)
E as grutas, pela privacidade e pelas possibilidades do tão apreciado encostanço à parede. (Neste caso, confesso, verbalizo planos, não relato experiências: ainda não tive a oportunidade de berrar enquanto me dão uma trancada paleolítica.)
Obviamente, cada um é para o que é, se bem que os gostos também se eduquem.
Mais bien sûr, uma cama é uma cama. Para fodas mais prolongadas, é onde tem de ser. Na natureza e outros ambientes exteriores, tendencialmente em SOS (vulgo, rapidinha): a intensidade e a urgência tornam-na um alívio magnífico. Horas depois ainda flutuo...
(Hmm... tenho de reaproveitar algum deste material para o meu “Dickcionário”...)