sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Urgência

Engana-se quem cuida que Méssaline, pássara migradora que é, não se apaixona. Méssaline apaixona-se, sim — porque Méssaline sente tudo intensamente, do fundo da cona ao mais profundo do cérebro.

Que urgência em escrever-te, meu amor! Que vontade de transformar estas breves palavras em mil bocas, em outras tantas línguas e braços para celebrar o teu corpo!

Em cada minuto que a vida me concede de repouso dos meus afazeres, a tua ausência impõe-se, paradoxalmente, numa presença contínua, que não sei se da espécie dos anjos ou dos demónios: vem, ora de leve como quem pousa, ora violenta e rápida como uma espada, instala-se-me no peito, consome-me a alegria numa saudade que se me infiltra no sangue e toda eu raivo por ti, numa explosão de desejo em que sinto o alvoroço de mil cavalos desabridos. Torno-me uma ponte entre a memória dos momentos passados nos teus braços e a ânsia por aqueles em que me hás-de sossegar raivas, anseios e explosões com o teu olhar, com os teus braços e com a tua pele toda, sob um tumulto de sílabas, suspiros, palavras rolantes, palavras gemidas e palavras que rebentam em gritos onde pulsa transparente o coração do nosso desejo.

domingo, 20 de outubro de 2013

Serviço Educativo (1):
Foder [n]a floresta

Um segmento do texto anterior de Méssaline, se mal interpretado, poderá dar uma ideia errada do comportamento cívico da autora deste blog, contribuindo, contra a sua vontade, para a deseducação dos leitores.
Méssaline não quer, sobremaneira, tal coisa. Méssaline aprecia amantes delicados, levemente brutos, galantes, dominadores, submissos... — mas sempre civilizados! As piças podem ser bárbaras (oh, sim... sim!), mas o trato deve ser romano — estejam em Roma ou não.
Por isso se inaugura aqui este «Serviço Educativo», a bem do progresso civilizacional luso.

O segmento potencialmente equívoco era o da apologia das fodas na floresta, em especial a frase (tão sonante quanto verdadeira): «Belas fodas tenho dado por essas matas nacionais!»
Méssaline acha por bem esclarecer que fode na floresta, não fode a floresta.

Se há coisa que lhe desagrada (e que constitui para ela um verdadeiro turn off), é chegar a um recanto de bosque que a sua perspicácia detectou como perfeito para umas trancadas valentes e descobrir no local as “provas materiais” de que muito mais gente teve antes a mesma ideia. Não há condições!

[Méssaline abre aqui um parênteses:
O turn off não é o facto de o “fodódromo” já não ser, por assim dizer, virgem: Méssaline não tem o fetiche da virgindade. A única virgindade que Méssaline alguma vez teve ânsia de acabar foi com a sua: desejou-o obsessivamente assim que descobriu que entre as pernas tinha uma espécie de “contador de fodas” com que a Sociedade patriarcal a controlava — mas um contador (tant pis para a Sociedade) que só contava até um. Ainda não lhe tinham começado, de facto, a subir os calores desde a cona até ao cérebro, e já Méssaline estava possuída pela determinação de “dar a volta ao contador” e desbaratar com o controlo patriarcal.
A razão do turn off florestal atrás referido é, repete-se e sublinha-se, não a elevada frequência da arena fodística, mas a existência de provas materiais desse facto.]

É que quase não há, pelas matas nacionais, clareira, reentrância, trilho, picada ou caminho florestal adequado à penetração de um carro até pontos mais inconspícuos que não esteja atapetado de preservativos usados e respectivos invólucros e caixas, toalhetes de papel e embalagens vazias de lubrificante anal ou sucedâneos!

Meus senhores, minhas senhoras: fodam, Fodam, FODAM! Mas não atirem o vosso lixo pela janela fora!
FODAM NA FLORESTA, NÃO FODAM A FLORESTA!
Obrigada.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Correio messalínico (1):
No palheiro (ou talvez não)

Em reacção ao post «No palheiro», Nuno Amado disse:

«Nah... nem no palheiro, nem no areal da praia.
Nesses dois sítios só mesmo na minha cabeça, porque na real não achei nada confortável...
:P»


Méssaline responde:

Mentiria se não admitisse que a cama é o meu lugar de eleição, pelo conforto, pelas possibilidades (espelho estrategicamente colocado, etc.), pelo calor, enfim, porque é na cama que as coisas mais importantes da vida acontecem...

... mas os palheiros têm potencialidades comprovadas, acredite. (A história da Humanidade foi em grande medida feita com fodas em palheiros...)
Repare que o termo português é enganador: neste «palheiro» não havia palha (que é rija e desagradável), mas feno, que é fofo e com um odor muito especial.

As praias, admito-o, têm o contra de serem mais arriscadas, mais expostas. Mas se com o seu comentário se queria referir ao meu «Fim de tarde na praia», faço-lhe notar que no areal não houve foda, apenas uns quase castos preliminares que deram foda na cama do apartamento em frente à praia...

Mas há muitas mais possibilidades — deliciosas possibilidades! — extra-leito.

Na floresta, então, hum!... Num dia quente de verão, com a terra seca a cheirar intensamente, no meio de muito verde e, de preferência, perto de um riacho tranquilo... Divinal!
A floresta, de resto, é um mundo de possibilidades. Na primavera ou no início do verão, os fetos ainda tenros fazem um quase perfeito ninho de amor. Belas fodas tenho dado por essas matas nacionais! E no outono, um tapete de folhas vermelhas e douradas constitui, não só um aceitável substituto do colchão, como cenário para uma belíssima sessão fotográfica pós-coito. (A minha pele fica particularmente bem quando emoldurada por tons outonais.)

E que dizer do entesoante ambiente dos cerejais, das figueiras com seus frutos carnosos e sugestivamente vaginais, das vindimas, debaixo de uma alfarrobeira ou de outra árvore de copa descida a fazer de saia?
(Não sei claramente porquê, mas todo o ritual de colheita é propício à foda. As segadas eram-no certamente, com o calor do estio e todos aqueles traseiros no ar... infelizmente já não se fazem. Uma perda para o Património Fodilhístico da Humanidade!)

E não esquecer as casas arruinadas no meio do nada. (Não me canso de lhes apregoar os méritos; esteja atento ao blog e verá — ou, por outras palavras, cuming soon...)
E as grutas, pela privacidade e pelas possibilidades do tão apreciado encostanço à parede. (Neste caso, confesso, verbalizo planos, não relato experiências: ainda não tive a oportunidade de berrar enquanto me dão uma trancada paleolítica.)

Obviamente, cada um é para o que é, se bem que os gostos também se eduquem.

Mais bien sûr, uma cama é uma cama. Para fodas mais prolongadas, é onde tem de ser. Na natureza e outros ambientes exteriores, tendencialmente em SOS (vulgo, rapidinha): a intensidade e a urgência tornam-na um alívio magnífico. Horas depois ainda flutuo...

(Hmm... tenho de reaproveitar algum deste material para o meu “Dickcionário”...)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

No palheiro

Antes de saíres do meu quarto, disseste-me:

— Amanhã, onde fodemos?

— Vai pensando.

— Pensa tu, que tens mais imaginação.

Acordei cedo e fui ao palheiro. Aquela mistura do cheiro do feno fresco ainda com sol dentro e a humidade da chuva adocicavam ainda mais o aroma reinante. Experimentei a consistência de um fardo, preferi a do monte avulso. Rebolei e mandei um sms: «No palheiro». Pensava nas fodas em palheiros — nas de Baltasar e Blimunda, nas dos filmes, nas dos camponeses em cio —, quando ouvi o teu jipe. Correste para o interior e chamaste-me. Não me vias, porque não resisti à brincadeirinha de me esconder. Continuavas a chamar e eu a ficar com a cona molhada por ver as tuas calças cheias.

Saí do esconderijo, cheia de fios de feno amolecidos pela leve humidade, atirei-me para trás, deitando-me e levantando a saia rodada com estampado French country, sem cuecas, naturalmente. Disseste:

— Assim, pareces uma flor gigante. Vou sugar-te o néctar.

Mergulhaste a cabeça no meio das minhas pernas e lambias-me com fúria, enquanto eu te inspirava:

— Gostas de lamber a cona da tua pastora? Morde-lhe os lábios de leve. Agarra-a com força, que ela está habituada a gestos bruscos.

Viraste-me de costas de repente e disseste:

— Ai gostas de gestos bruscos? Então toma lá o nabo bem duro todo no cu.

E espetaste-o de uma só vez, até ao fundo. Doeu um pouco, mas vim-me logo.

— Gostas de feno, como as vacas? E de leitinho morno, também? Já to dou.

E esporraste-te todo à entrada do cu, como gosto, para sentir os esguichos do leite a encherem o Vale Paraíso.

Deitámo-nos de barriga para o ar, adormecemos. Ao acordar, repetimos, mas com intróito na cona e desfecho nas mamas, com espalhamento pelo feno contíguo. Ficou tudo mais molhado e com um cheiro… hum

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Lugares conocidos e seus profundos sentidos conotativos (2)
— Contributos semênticos para um dickcionário messalínico —

Há expressões comuns — lugares conocidos — que remetem para sentidos conotativos próprios do léxico messalínico. Dada a apreciar a anatomia das palavras por dentro e por fora, esta voyeuse da língua observa como se vestem para as pôr ao léu e/ou cobri-las com rendas e véus propícios aos jogos de leito. Imbuída do mui nobre espírito de serviço púb(l)ico devido à nação fornicosa, esta secção (devia escrever-se «sexão»...) parte desse exercício para desvelar os tais profundos sentidos, muito caros a Méssaline.

Dar no duro
Bem, esta é condição fundamental. Sem o instrumento bem duro, Méssaline aborrece-se. Não adianta disfarçarem, tentarem dar molemente. É simplesmente risível e maçador. Ela gosta, evidentemente, de dar o que lhe apetece dar — mas no rijo, no teso, no duro, senhores!

Encher o papo
De língua, de dedos, de piça, de esporra, e muitas vezes seguidas, para não fugir ao sentido habitual da expressão. Para ficar de papo cheio, consolada.

Encostar à parede
Méssaline aprecia mesmo esta atitude. Gosta de ser encostada a uma parede, de frente, com uma perna levantada ou as duas, se houver apoio, tomada no colo do “encostador”, ou por trás, com as mãos como quem trepa pelas paredes. É muito aconselhável para rapidinhas, sobretudo de emergência, num beco estreito, mas melhor mesmo é numa ruína no campo, para poder gemer, gritar, dizer obscenidades sem alarmar vizinhos nem polícia.

Foda madrinha
Méssaline não se esquece que uma vez um aprendente, tendo-a como mestra noutras artes, lhe disse, gratamente, na candura dos seus belos 22 aninhos: «A senhora é a minha fada madrinha». Méssaline olhou para ele com olhos penetrantes durante uns instantes e pensou: «Eu era mas é a tua foda madrinha». Se bem o pensou, depressa o fez. Uns dias depois já tinha aquele soberbo moço na horizontal, prontinho para ser ensinado nas artes forniciosas. E não é que ele voltou a chamá-la a sua «fada madrinha»? Foi preciso corrigir-lhe a primeira vogal. Ele arregalou os olhos, concordou e continuou os seus duros exercícios de aplicado pupilo.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Boca que folgas na rua

Boca que folgas na rua
Como se fosse na cama,
Chupas a piça que é tua
Na ditosa hora da mama.

Boa seiva de paus carnais
Que brota em jorros ardentes,
Quando é depressa demais,
É muito pouco o que sentes.

És feliz, sabes que sim,
Todo o leite que há é teu.
Sabe-te bem mesmo assim;
Sei-o, porque tu és eu.