«The pleasure of living and the pleasure of the orgasm are identical.»
(Wilhelm Reich)
Mas nada como la belle langue para o dizer:
«The pleasure of living and the pleasure of the orgasm are identical.»
(Wilhelm Reich)
Mas nada como la belle langue para o dizer:
Quarta-feira, 19:31
Depilada, maquilhada e massajada com óleos essenciais, achais que estou digna de entrar no templo de Afrodite e prestar-lhe o devido culto? E a este meu amante apraz-lhe acompanhar-me?Quarta-feira, 19:37
Quae sunt Caesaris Caesari! Afrodite é sempre digna de entrar no seu próprio templo...Quinta-feira, 01:42
Ah, Méssaline, doce amor, querida, minha paixão, meu tudo! <3Quinta-feira, 03:05
Não consigo parar de ver o vídeo da nossa foda, tantas saudades tenho já de ti!Quinta-feira, 07:15
Ai, que coisa... De ler-te, fiquei com a cona em desassossego e só me apetecia a tua maravilhosa piça dentro dela, beijar-te continuamente, dizer-te, até me secar a boca, o desejo que me consome.Quinta-feira, 07:42
Acordei arrasado, mas com a vontade de foder contigo num estado de premência como o de respirar. Ce soir...?Uma coisa leva à outra, e do post anterior nasce oficialmente este galardão, a atribuir com moderação:
(avec mes remerciements à Nuno Aimé pour le commentaire original.)
Méssaline gosta de cinema. Pelas voltas dos enredos, o escuro das salas, ambiente para subtis jogos de mãos, pela oportunidade de regalar o olho com alguns expoentes máximos da beleza masculina. Às vezes, fica tão atordoada com os vigores da musculatura, a solidez do ventre, as colunas das pernas, o langor ou a investida do olhar, a polpa dos lábios, os sorrisos solares... uffff... que, findo o filme, fica a pasmar para a ficha técnica, até que a penetrem afinidades entre os nomes e as coisas, brotando óbvios trocadilhos, obtusos trocadalhos.
Ocorre a Méssaline um elenco luxurioso, talvez para um documentário, uma vez que alguns deles já partiram. («Morrem cedo aqueles a quem as deusas mamam...»)
Como preliminar, em jeito de trombeta do Aporcalhipse, um primeiro plano com o Pau Newman, depois, uma cena com o Brad a comer Pitto, muito joliment, seguido de um primeiro plano incidente — e reincidente — no apelido do Sean Pénnis, e, por enlace homónimo, chamar o outro Sean, o Connary que, se assim se chama, nobres serviços deve prestar à causa. (De passagem, é justo que se afirme a qualidade de vinho do Porto que este senhor exibiu...)
Para incitar as espectadoras a conceber belle giornate particolari com o amante italiano que lateja na cabeça de toda a mulher de inclinação fantasiosa, incluir uma cena, trágica ou cómica, tanto faz, que o varão transpira talento por todos os poros, com Marcello Marturbanni. Prosseguir com a câmara a passear sobre aquele palminho de cara do Alain Delong, em que apetece dar beijinhos até ele chamar pela mãezinha; pedir ao Johnny que se deixe de fantasias alicinas e chocolácticas e que venha mesmo deep, deep e ao Roger, more, MORE!, zero-zero-setamente, e sem vírgulas centesimais!
And lust not least, o homem que Marilyn Monroe considerou o mais sexy do mundo. Deixemos o mau feitio do moço e o que o tempo fez ao corpo do homem, que não são chamados a esta colação. Concentremo-nos nas performances até ao Último tango em Paris, hímnico canto do cisne.
Detenhamo-nos no pedaço de perdição daqueles lábios distendidos em permanente oferecimento, no olhar que apetece tomar todo de uma vez, mas que permanece longínquo, incapturável, na voz indolente, rouca, e sonhemos com todos os marlons sussurrando brandas palavras, longos polissílabos, que ampliam uma música ex-po-nen-ci-al-men-te túsica da língua.
Vai para ele o Oscaralho desta edição!
Sobre o braço esquerdo ele, sobre o direito ela, no leito deitados estão, braços inúteis que sois, pelo pouco que participais nas gesticulações que já se adivinham, enquanto estes que aqui estão não saírem do porto da hesitação, que é o mesmo que dizer, vou não vou, para a frente é que é o caminho, isso bem o sabemos, mas que caminho é esse, que o teu seja o meu, vem, vem, que entre mim e ti nada haja que não seja a humidade das nossas peles, a música dos nossos corpos juntos na mesma vontade, feita de tantos desejos adiados, de tão fugidias certezas, que agora mais parece que ali não se acredita naquilo que os olhos dizem e as mãos vão fazendo. Um lábio freme, dois que escorregam, já no colo vão, onda que se acrescenta, torrente que em todas as portas bate, abre uma, não é por aqui, enche e cresce, empurra outra porta, abre-a, precipita-se em fluxos e refluxos, não há mar que a receba, só um abismo a salvará. É entrando que em espraiada espuma desliza.
Uma piça rija é qualquer coisa linda,
Nada existe com mais verdade.
Só o vê-la promove a vinda
Das seivas untuosas da vontade
De ser fodida. Ao entrar em mim,
Altas correntes de electricidade
Tomam meu corpo, terminando, enfim,
Numa violenta tempestade:
De esporra minha cona é inundada.
Piça tesa é coisa efémera, contudo:
Logo fica torpe, pelém, mirrada, folacha.
Acaba, é a antipiça; porque nada,
Nada parece mais com o fim de tudo
Que uma pila murcha.
(Vi(ni)cius d’ iMoraes)
Je suis ton ciel ton feu ta flamme