Recuperava o fôlego e saboreava as últimas réplicas do orgasmo no remanso do pós-foda. Ao meu lado, o X., o meu mais fiel amante, o porto seguro onde garantidamente me pude refugiar sempre que os mares tempestuosos das paixões ameaçaram fazer naufragar o meu barco.
Os braços e a perna direita dele rodearam-me em tom de súplica e eu soube que chegara o momento em que o X. me imploraria que ficasse, em que manifestaria a angústia de me saber fora no fim-de-semana que se avizinhava — e que eu não estaria com ele, mas com outro.
— Não faças cenas, X. — disse-lhe. — Aproveita o momento em que estou contigo, não reclames daqueles em que não estou. Neste momento sou tua e de mais ninguém!
— O clichê diz — começou ele após uns segundos de silêncio — que a mulher é fiel, centrada no amor, emocionalmente entregue, que tudo o que quer é ficar com o “seu” homem, enquanto o homem é desprendido, sexualmente infiel, conquistador inveterado, fixado no sexo. Então olho para nós e vejo a ironia: na nossa relação, emocionalmente, eu é que sou “feminino” e tu é que és “masculina”...
— Não está mal vista, não, essa análise psicológica — concordei. E com uma risadinha: — De facto, frequentemente sinto um homem dentro de mim...
"saborear as últimas réplicas do orgasmo" é a frase que mais me representa. Aqueles momentos após o orgasmo são únicos e não devem de forma alguma ser interrompidos.
ResponderEliminarCertainement!...
ResponderEliminarBisous! :*
delicioso seu blog!
ResponderEliminarseguindo!
visite o meu
www.seximaginarium.net
LEO
Após uma breve incursão reparo que o seu blog é extremamente interessante. Gostei e vou voltar!
ResponderEliminarAté breve
cantodaalma
Obrigada, Cantodaalma. O seu blogue também é muito interessante e útil.
EliminarBisou.