domingo, 29 de setembro de 2013

Viagem à volta dos meus quartos

Méssaline precisava de dar uns pequenos retoques numa das suas casas. Foi sozinha? Obviamente que não. Por um lado, bem sabemos como os homens têm jeito para furar paredes, apertar parafusos, arrastar móveis; por outro lado, uma casa sem gente pode ser uma bela oportunidade para umas horas bem passadas. Que o digam as personagens do inspirador O Último Tango em Paris. Além disso, é preciso experimentar os materiais, ver se os móveis resistem a cambalhotas.

E ontem era dia de revisão do apartamento.

Entraram e a casa limpa enchia-se de quenturas estivais que acentuavam o exotismo da decoração. Começaram pela sala, com atmosfera vintage a puxar ao colonial. Ela abriu o baldaquino sobre o sofá império e naquele aconchego achou irresistível pôr-se de gatas e levantar a saia do tailleur fifties, oferecendo assim todas as possibilidades traseiras. Ele despiu-se num ápice e enfiou-lha bem no fundo. Menos de um minuto depois, já a cona se lhe retorcia em espasmos. Ocorreu-lhe que ele lhe devia um orgasmo, pelo menos um, em cada compartimento.

E passaram ao quarto em romântico inglês, com a cama de dossel. Ela deitou-se de pernas e braços abertos e chamou-o. Ele começou por um belo cunnilingus, facilitado por uma almofada de penas que ela colocara debaixo das nádegas. E ia orientando: «mais fundo», «agora menos», «morde os lábios, de lado», «enche-a de saliva». Ele quase sufocava no afã dos volteios e, para recuperar fôlego, ergueu a cabeça e agarrou-lhe a cona com uma mão só, puxando-a um pouco mais do que pareceria possível, mas que na verdade, não só não causa qualquer dor, como garante um prazeiroso orgasmo.

— Vamos para o quarto azul — disse ela.

A decoração mais juvenil apela à energia. Foi então que ela o deitou e lhe brochou o caralho até ficar retesíssimo. Abriu as pernas sobre ele, expondo-lhe as costas, pois sabe-o apreciador desta posição em que ele lhe pode apreciar as curvas e os meneios de anca, para além de ficar com uma perspectiva filmográfica sobre o entra-e-sai da piça no meio das nádegas abertas. Cavalgou-o como uma amazona, mas como gosta de se ver nestas aventuras, puxou o espelho, colocou-o em ângulo de modo a os dois poderem desfrutar: ele, da imagem real e da reflectida; ela, desta última. E como a entusiasma: a piça a parecer mais volumosa, a tusa de um pau espetado numa pêra. Sempre dialogante como ela gosta, que palavras são bom lubrificante da mente encandescida, mesmo que meras verbalizações do que se faz, quanto mais se de incitamento à cavalgada que lhe enche a cona de uma onda de espasmos. Só que estes jeitos de Valquíria atesoam-no demais e ele pede, de repente, para parar e passarem à la grande finale, no quarto vermelho, pois claro. A cama é de outros tempos e isso excita Méssaline porque gosta de imaginar os gozos que nela já foram gemidos. Pede-lhe que se deite, com os olhos vendados. Ela tira as cortinas leves e envolve-se nelas, segurando-as com uma rosa vermelha, no meio das mamas. Abre a túnica improvisada e deita-se sobre ele, apoiando-se-lhe no malho. Mama-lho com perícia, fazendo escorrer muita saliva pelo tronco rijo. Lambe-lhe os colhões, rodeando-os com a língua bem molhada. Ele está extasiado pelas sensações que o surpreendem porque não vê o que lhe vai acontecer. Então, ela exige-lhe o seu número preferido: que a monte por detrás, uma mão na anca, outra no meio das nádegas, com o polegar sobre a rosa, a massajar-lhe levemente a entrada do cu. Ela pede-lho fundo e forte e que não pare até ela se vir longamente. Depois, vira-se de frente para ele, fecha a túnica sobre as pernas e expõe-lhe o papo da cona, coberto das pétalas que arrancou à rosa.

— Vem-te aqui sobre a orquídea da minha cona, a relva dos pêlos e a rosa.

O quarto é uma festa de cores em que ela repara enquanto ele bate o pau para se vir: o vermelho carmim das paredes mergulha nas pétalas e sobe à cabeça da piça; a pele dourada contrasta com o branco do tecto que se derrama pela túnica que começa a ser irrigada com generosa dose de esporra.

Ó que colorido o jardim das delícias a que Méssaline chega no fim da viagem à volta dos seus quartos!

4 comentários :

  1. Méssaline, estou rendida aos teus encantos literários e... não só! Sigo-te! :)

    Beijo d'(Ela)

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    1. Cara (Ela),

      Não sei se é um conselho se um desejo de boa sorte, mas a esse seu «Sigo-te!» eu respondo: «Vem! Vem-te!»

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  2. Era uma vez uma mulher que se vinha demais....

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